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PROGRAMA DE CARTOTERAPIA

Considerações

Considerando a escassez de estudos sobre o uso de cartas terapêuticas na literatura nacional e por entendermos a importância que elas podem exercer em um programa como o CSRP – Centro de Socialização, Ressocialização e Profissionalização – Elo Social, resolvemos adotá-las, já que não existe também nenhuma tese que verse sobre eventuais prejuízos que ela poderia trazer a nossos acolhidos.

O programa denominado Cartoterapia, dentro do projeto, consiste em escrever livremente sobre os sentimentos, sem se preocupar com a estrutura do texto, rimas ou regras gramaticais, que é uma forma do acolhido se comunicar com ele mesmo, como um desabafo.

O intuito é de que a escrita flua de maneira natural, sem programar o que será exposto, ou seja, como se eles estivessem conversando com eles mesmos, sempre na primeira pessoa, sem se referir de forma nenhuma a terceiros, como “ele”, “ela”, “eles”. Desta forma entendemos que não conseguirá terceirizar seus problemas, o que o levará a refletir sobre todos os seus erros do passado.

Assim, apresentamos as cartas terapêuticas como mais um recurso na socialização e ressocialização de acolhidos que, desta forma, podem acompanhar sozinhos suas evoluções, sem a necessidade de palestras, cultos e outras práticas utilizadas na recuperação deles, que entendemos ser por demais importantes, mas que para grande parte dos necessitados acabam sendo cansativas e improdutivas.

Programa de Cartoterapia na prática: O programa será obrigatório para todos os acolhidos a partir da primeira semana do acolhimento e está dividido em 36 (trinta e seis) semanas, sendo que em cada semana os acolhidos deverão escrever para eles mesmos uma carta de apenas uma lauda, retratando sua realidade naquela semana (colocando para fora suas ansiedades, mágoas, arrependimentos, frustrações e eventuais planos de futuro).

Essas cartas serão visitadas pelos Agentes de terapia social (um reeducando que habita o mesmo alojamento e que já está em seu último mês de acolhimento, e que para exercer essa atividade cursou 120 (cento e vinte) horas de curso específico de terapia em grupo).

Como a cartoterapia faz parte do escopo do programa do CSRP, o Agente de Terapia Social deverá levar, semanalmente, para serem vistadas e lançadas no prontuário digital do acolhido pela Assistente Social e Psicólogas da unidade.

Esta apostila ficará em tempo integral com o acolhido para que ele possa acompanhar sua evolução, podendo levá-la quando do final de seu acolhimento, quando for considerado ressocializado ou irressocializável. Entendemos que este material poderá lhe ajudar muito a se manter ressocializado.

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